13 de mai. de 2012

a genética dos girassóis

se a gente presta atenção, é bem visível a diferença entre os vários girassóis do van gogh num mesmo vaso, por exemplo no quadro dos quinze girassóis:



ou, ainda melhor, no dos doze:


bom, começa que a gente, como leiga, fala em "pétala" e "miolo" da flor e pode achar que o girassol é uma flor. na verdade, ele é uma uma inflorescência composta de milhares de florzinhas, que se chamam flósculos. uns girassóis parecem ter uma bela coroa de pétalas e um miolo médio ou grandotezinho; já outros parecem ter só petálas e nada ou quase nada de miolo, e outros parecem ter um miolo enorme e só uma voltinha de petálas. comparando:

Os girassóis selvagem, duplo e tubular (esq. para dir.) (Imagem: Chapman et. al "PLoS Genetics")

o legal é que recentemente, agora em março, um geneticista americano publicou suas descobertas sobre o mecanismo dessas alterações: não é nenhum gene recessivo que poderia aparecer em algum cruzamento; é mesmo uma mutação genética, muito interessante.

saiu uma notícia bem explicativa de rafael garcia, "quando mendel encontrou van gogh", aqui no blog da folha.