19 de mai. de 2012

"um dos mais feios": a devastação do ser


depois de tanto se dedicar a aprender e praticar os princípios impressionistas, neo-impressionistas, pontilhistas, simbolistas, cloisonistas, van gogh conclui que está deixando tudo isso que aprendera em paris, e retoma o evangelho da cor como expressividade cf. charles blanc, com o uso de contrastes, e sobretudo delacroix, seu grande herói da época do ateliê da kerkstraat.

"foram as ideias de delacroix que fecundaram meu trabalho"; mais que os simbolistas; era delacroix que "falava uma linguagem simbólica apenas por meio da cor". critica o uso ornamental ou complementar da cor nos cloisonistas, critica a busca simbolista na imaginação e na invenção, defende a expressão vigorosa do sentimento suscitado pela realidade e por meio do exagero das cores.

é então, depois de proclamar sua independência a bernard, gauguin e theo, que pinta o que vai qualificar como "um dos quadros mais feios que fiz na vida" - "é o equivalente, embora diferente, de os comedores de batatas". é "um lugar onde a pessoa pode se arruinar, enlouquecer ou cometer um crime" - o café noturno, setembro de 1888: