8 de jun. de 2012

últimas pinturas em arles


trágico, trágico, tudo trágico. theo na maior felicidade, não quer muito saber do drama de vincent - mas sua noiva e já-já esposa, jo bonger, se compadece muito de vincent (o que será crucial mais tarde). vincent está na terceira internação em arles; theo continua em cima do muro; vincent decide pedir transferência para um manicômio, o de saint-rémy. mas é particular e caro. theo refuga, quer algo público e gratuito; novela vai, novela vem, vincent diz que vai se alistar na legião estrangeira, jo insiste para theo aceitá-lo em paris; bom, theo cede e aceita pagar a internação em saint-rémy, mas não três meses, como pretendia vincent, e sim apenas um mês. escreve à direção do hospício pedindo a internação, mas nos alojamentos mais baratos, "de terceira classe". vincent volta à casa amarela para preparar a mudança. o ródano tinha sofrido uma enchente; o aquecimento da casa tinha sido desligado. vertia água e sal das paredes, o ateliê num estado de calamidade. vincent perdeu uma quantidade enorme de desenhos e pinturas. separa tudo, leva semanas até que as pinturas sequem; embala o que conseguiu salvar e manda para theo, meio se justificando que tem muitas coisas que não passam de borrões malfeitos e que ele guarde apenas o que considerar minimamente passável. está tristíssimo pelos transtornos que causa para o irmão, pensa em abandonar tudo e “como pintor nunca chegarei a nada de importante, tenho absoluta certeza disso”.

theo casou, está formando família. no meio de tanto desalento e falta de perspectiva, ainda assim ele pinta seus dois últimos quadros em arles.

um mostra uma família feliz passeando num parque:



o outro, uma estrada solitária, cheia de sulcos, que some atrás do muro de uma casa, ladeada por seu velho tema, vidoeiros decotados: